Comecei como semente, junto de mim havia muita areia e sujeira, mas a minha vontade de germinar era tão grande que eu garantia o meu próprio sustento, sabia que forças externas tentariam me impedir, mas sabia também que só dependia de mim, da minha força de vontade. Depositei confiança em mim, nos meus semeadores e na natureza, pois nela existe a força maior, a que me encorajava.
O tempo passou, as tempestades continuaram e dentro e algum tempo percebo flores. Isso mesmo, eu começava a florescer e essas flores eram sinal de que pela frente viriam frutos e eles finalmente vieram. Óbivio que que esses frutos não surgiram enquanto eu repousava e pensava na vida. Houveram coisas boas e ruins, mas na balança que carrego pela vida(a balança em que equilibro coisas boas e ruins), o lado que mais pesou foi o de coisas boas, eram as qualidades que adquiri e principalmente as lições positivas que extraí de cada turbulência vivida.
As vezes me cai a indagação se seria mais fácil se tivesse começado como um pólen, trazido pelos ventos e com raízes mais firmes ao chão, quem sabe seria menos trabalho, não é mesmo? Quem sabe....vai saber!
Mas na situação que me encontro, na tarefa de colher tudo que pude semear, nem penso nas coisas que não aconteceram e sim nas que estão na minha frente. A colheita não é fácil, mas tenho a alegria de dizer que será prazerosa. Reuno em mim a juventude que está cada vez mais aflorada para buscar enfim a paciência aprimorada, a sinceridade que trará benefícios e a tranquilidade de limpar os grãos sujos de mostarda que serão sempre lançados para mim com muita sujeira, para testar sempre os meus talentos renovadores. E assim, um novo ciclo começa, novas flores, novos frutos, novos sabores!