Em um momento de busca na minha caixa de recordações, me perco no meio das frases soltas que li, de palavras que me encantavam e hoje são apenas perguntas que martelam e ecoam dentro de mim e por mais que saíba quem carrega essas respostas, não consigo contestar, tenho medo delas.
O fato de especular as hipóteses do tapete que foi puxado não me faz bem. Mas sempre que jogo o Jogo do Contente, procuro achar uma agulha de ouro no meio do palheiro. Em palavras cruas: no meio de tantas perguntas e dúvidas eu ainda procuro recordar as coisas simples e saborosas.
Acreditei que mesmo longe estaria perto, que não sentiria falta de simplesmente nada, pois teus pensamentos me abraçariam sempre. Se o meu mergulho foi feito de cabeça não importa, só acho que fui ingênua em não tentar montar essa frase ao contrário, pois vê-la invertida agora, refletida no que estou sentindo não está sendo uma experiência agradável.
O que mesmo longe estaria pertíssimo, agora está a metros de mim diariamente e me parece cada vez mais distante e inalcançável.
A saudade é um sentimento que nos faz recordar o que aconteceu de bom, com um aperto no peito ou uma lágrima que desce pelo rosto. Descobri mais uma forma de sentir a tal saudade, aquela que não exige que feche os meus olhos, ela dói toda vez que lembro que a cada passo que dou pelas manhãs você estará mais perto, e ao mesmo tempo longe de mim.
Sabrina Abreu
03/02/09 - 23:10